Victor & Leo, ao lado de César Menotti & Fabiano e João Bosco & Vinicius, são responsáveis pela renovação da música sertaneja. A dupla, que começou de forma despretensiosa tocando em festas de amigos e barzinhos no interior de Minas Gerais, mistura sertanejo de raiz com o rock de bandas como Scorpions para compor sua identidade musical. Eles acabaram de lançar o álbum “Borboletas”, que contém o sucesso “Tem que ser você” de “A Favorita”. O disco possui 12 canções compostas e produzidas pela dupla, fato raro nas novas duplas sertanejas, que sempre incluem regravações de antigos nomes do gênero em seus CDs. No embalo do lançamento, Victor & Leo acumulam ainda uma indicação ao Grammy Latino, na categoria “Melhor Álbum de Música Contemporânea Regional ou de Raízes Brasileiras”, e o sucesso do disco em espanhol “Nada es Normal”, em alta rotação nas rádios de México, Colômbia e Chile. O Abril.com conversou com Leo Chaves, que comentou o novo trabalho, a indicação ao Grammy e o rótulo de sertanejo universitário, refutado pela dupla: Abril.com: “Borboletas” foi todo composto por vocês dois, o que foge um pouco dos outros dois ao vivo, onde vocês gravavam músicas de outros artistas. Como foi compor o disco todo? Leo Chaves: Muito bem colocado. Numa época onde todo mundo está regravando coisas antigas e colocando uma ou outra canção que foi sucesso no passado, nós resolvemos fazer diferente, um disco 100% autoral e com músicas inéditas. É a vontade de inovar, fazer diferente, de se aventurar um pouco dentro deste universo. Nós fazemos uma coisa muito natural, muito intuitiva. Eu e o Victor não temos esse lance de pensar no mercado, se vai vender ou não. A gente simplesmente faz aquilo que emociona. O disco tem um estilo muito diversificado, se você perceber tem música country mais regional, sertanejo de raiz, baladas pop rock, country rock... Ele chega a soar quase que como um disco acústico... Pois é, essa característica é forte dentro do nosso disco, isso permanece sempre. É uma coisa que a gente cresceu fazendo em barzinho, nós tocávamos com violão e acordeon em barzinho. É uma coisa que aprendemos a gostar e amar fazer. Quanto tempo vocês levaram pra compor e gravar? Esse primeiro semestre nós gravamos dois discos. Produzimos e gravamos um CD em espanhol [“Nada es Normal”] e outro em português. Este segundo eu acredito que gravamos em dois, três meses.
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