sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Primeiros sertanejos no palco principal do Planeta Atlântida, Victor e Leo comemoram essa conquista *




A carreira musical dos irmãos Vitor e Leonardo Chaves Zapalá Pimentel começou há 17 anos, mas foi só nos últimos dois que eles se tornaram conhecidos em todo país.
E adorados por uma legião de fãs que rendeu à dupla Victor & Leo a marca de 202 shows em 2008.
No último sábado, eles comandaram a estreia do estilo sertanejo no palco central do Planeta Atlântida, confirmaram-se como a atração mais aguardada da noite e,
nos bastidores, mostraram que a fama não subiu à cabeça.

Da chegada ao camarim à saída do palco, a movimentação da dupla pelo Parque Planeta rendeu burburinho. Mas nada que impedisse os irmãos de quebrar uma espécie de protocolo do backstage do evento e atender os jornalistas – rapidamente – antes do show.
Entre as perguntas lançadas à dupla, o interesse geral foi para a opinião dos cantores em relação ao preconceito direcionado à música sertaneja.

– O público que fez isso. Estamos aqui pelo público, não estamos forçando a barra. Quem sai ganhando com essa quebra de preconceito é ele – disse Leo,

comentando a primeira escalação de uma dupla sertaneja para o festival.

Os irmãos de 32 e 33 anos de idade nasceram em Ponte Nova, interior de Minas Gerais,
e cresceram na também mineira Abre Campo.
Depois de seis anos morando em São Paulo, onde ganharam a vida como cantores de bar,
Victor e Leo se mudaram para Uberlândia em busca de tranquilidade.
Mas depois de três CDS e um DVD, o endereço em uma cidade mais pacata não significa mais anonimato.

– Sinto falta de ir a um shopping, a uma loja, restaurante, poder sair com mais privacidade – conta Leo,

pai de um menino de dois anos que tenta driblar o assédio das fãs mais ousadas com uma chamativa aliança na mão esquerda.

Reclamação da nova rotina? De jeito nenhum.

– A vida mudou para melhor – completa rapidamente Leo.

Enquanto Leo ocupa o posto de voz da dupla, Victor é a alma das canções.
Compositor da dupla, o irmão mais velho tem um jeito manso de falar, típico dos mineiros, e mantém o tom de voz baixo até nos momentos de conversa com o público durante os shows – do camarote do Planeta Atlântida foi difícil entender o que ele dizia.
Mas é sua postura espiritualizada e os pés no chão diante da fama que chamam a atenção.

– O básico de tudo é o amor com que a gente faz o nosso trabalho. Não temos compromisso com a palavra sucesso – diz Victor,
direto, acrescentando logo:

– Capa de revista tem zero importância.

Fonte: Diário Catarinense

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